O anime e mangá de Dragon Ball, criado por Akira Toriyama, continua a encantar gerações, principalmente aqueles que cresceram nos anos 1990 e 2000 no Brasil. Este artigo explora as origens e inspirações da saga icônica.
Nascido em 1955 na cidade de Kiyosu, na província de Aichi, Japão, Akira Toriyama sempre teve interesse por mangás desde seus tempos de escola. Na época, desenhava junto com seus colegas de classe, que se tornaram seu primeiro público. Toriyama tinha paixão por animações da Disney, filmes de faroeste, ficção científica e ação, que mais tarde influenciariam sua obra.
Seu primeiro trabalho profissional como mangaká veio em 1977, após ser descoberto pela editora Shueisha em um concurso da revista Monthly Shonen Jump. No entanto, foi em 1980 que alcançou sucesso com Dr. Slump, um mangá sobre uma androide que parecia humana e tinha superpoderes. Nessa obra, Toriyama já explorava elementos que seriam fundamentais para Dragon Ball.
Inspirado por contos tradicionais chineses, especialmente a história do Rei Macaco, Akira Toriyama lançou Dragon Ball em 1985 na revista Shounen Weekly. A trama seguia o jovem Son Goku e seus amigos em busca das esferas do dragão. O mangá bebeu de várias fontes, como o filme “O Grande Mestre dos Lutadores” (1978) de Jackie Chan, e alcançou enorme sucesso.
Dragon Ball gerou uma série de TV de 156 episódios, uma sequência, Dragon Ball Z, e 24 filmes. Ao todo, Toriyama escreveu quase 9 mil páginas sobre Goku e seus amigos. A saga se tornou uma introdução ao mundo dos mangás e animes para milhares de fãs e artistas pelo mundo.
Após encerrar Dragon Ball Z em 1996, Akira Toriyama focou em projetos menores, como Cowa! (1998), Kajika (1999), Sand Land (2000) e Neko Majin (2000). Contudo, em 2012, ele retornou ao universo de Dragon Ball, colaborando na criação dos filmes “Dragon Ball Z: Batalha dos Deuses” (2013) e “Dragon Ball Super: Super Herói”.
Hoje, mesmo após todo o sucesso alcançado, Akira Toriyama admite que não entende completamente a popularidade de sua obra. Em entrevista à revista Shounen Weekly em 2018, ele declarou: “Recentemente reli a série pela primeira vez em anos e mesmo que a saga de Freeza tivesse suspense suficiente para atrair meu interesse, eu ainda me pergunto por que a história ficou tão popular.”